PELA JANELA DA HISTÓRIA I
Olhando pela janela da história
Recorro à memória do que posso ver
Cada um sabe o que pode ser
Violão ou herói, e do que depender
Pode não se ver apenas finais felizes
Vejo heroínas nos rostos das meretrizes,
Vejo rostos que não definem integridade
E cada um se esconde em seus matizes
O roubo do “nós” em detrimento do “eu”
O amor fraterno que se perdeu
É tudo o que se vê entre nós
E o que será que vem após?
Teremos uma outra temporada?
Poderemos ouvir os pássaros noutra alvorada?
Ou nos moldaremos estáticos, desformes
Na parede da memória?
Não quero repetir a mesma história
Quero ver o que pode vir de novo
A cada um de nós, a cada povo
Que seja eu o primeiro a alçar a voz
E dizer o que vi dessa vez
Pela janela da historia