Tédio
Não quero escrever hoje. Estou por demais entediado ... Chego a ser chato pra mim mesmo.
Não quero revelar isso ao público e publicamente ser criticado.
Não quero escrever sobre estas coisas da tristeza pois muita tristeza já vejo em minha volta ... como coisa que não tem mais volta.
Quero falar de alegrias tamanhas, destas coisas contidas e que nos toma de um todo ... e nos lança ao além dessa toda realidade do aqui.
Mas falar do que não se sente é barra ... É difícil até se segurar e não explodir.
Penso nesta alegria agora como coisa distante ... Não pertencente a minhas coisas do dia a dia ... Como um estado e um estágio a se alcançar ...
Como uma busca ... Algo do futuro inconstante que não podemos prever. Esse futuro ai ... que talvez outros se encontre ... mas que ainda não encontrei.
E vejo passar diante dos meus olhos como quem observa o rio em sua correnteza a arrastar coisas e levar para longe o que veio de traz, e que agora parte para o longe ... distante de nós e de nossas observações.
Assim vejo as coisas do de dentro de mim ... essa realidade do agora que já foi outra e amanhã ainda outra será.
Não quero falar por agora ... fico no encalço e na esperança ;;; deste futuro do hoje ... tão diferente do agora ... do Tédio que sinto ... neste peito que teima ... teimoso que é ... desta coisa distinta ... um futuro que pinto em cores borradas ... até que se torne concreto com contornos vibrantes ... e vibro na espera ... deste tédio passar.