Gente Sol

Na manhã de invernoprimavera,

tempo nublado e dia cinza.

Necessidade de brilho.

Necessidade de dourado.

Necessidade de amarelo.

Como o Sol está deitado

sobre a cama de nuvens plúmbeas

abre-se o porta-joias.

Nos dedos, coloca-se anéis de ouro.

Nos pulsos, pulseiras e braceletes.

No pescoço, cordões e pigentes.

Sai brilhando,

Irradiando vaidade,

Sentindo-se o Sol.

Gente-sol nesta manhã escura

e na falta de brilho próprio.

Mulher Lua.

Leonardo Lisboa, Barbacena 09/11/2000.

POEMA 844 – Caderno: Amor Dormido e Sonhado.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 20/11/2012
Reeditado em 20/11/2012
Código do texto: T3995454
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