ALÔ, QUERIDA

Preciso falar com você

Preciso de qualquer jeito

Há tanta coisa a dizer

Presa na garganta e no peito.

Tento ver você de longe

Acalmar a paixão que abrigo

Mas preciso é lhe ouvir, lhe falar

Me ajude, telefone amigo.

E ouço: "Alô". É sua voz

Tão doce, meiga e tão pura

"Alô, querida, sou eu

Seu escravo e da loucura".

Sou louco por querer o impossível

Mas lhe quero e ao seu coração

Vem, minha deusa adorada

Tirar-me dessa solidão

Aperto o telefone mais forte

Venha, amor, preciso lhe ver

Tocar seu rosto querido

Vamos ver o amanhecer

Apenas você me ouve

Será que realmente me escuta

Não acredito que você não me ama

Contra isso minha alma reluta

Sofro talvez até demais

Sofrem a alma e o coração

Ajude-me, preciso lhe ver

Por favor, não me diga não

Só ouço você respirar

Parece que está chorando

Depois só ouço o "clic"

Choro ao telefone desligando.

Mas lhe quero

AGOSTINHO PAGANINI
Enviado por AGOSTINHO PAGANINI em 23/11/2012
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