Poesia Moribunda

Vejo as flores, lindas mais sem nexo,

Seu perfume, sem odor.

Sua cor negra é.

Às vezes, vejo as flores

Sem brilho, sem força

Para se desabrocharem.

Na verdade, dá sim um vazio

Um vazio no coração;

Uma vontade de sair por ai;

É onde vejo as flores e a beleza

Da natureza morta.

Este vazio, esta vontade,

Vontade de não sei o que

Tem causa, a divina solidão,

Companheira da tristeza,

Amiga inseparável da saudade.

Eu vejo a sol negro

O céu vermelho, lágrimas.

Vejo a lua nua com suas

Faces repletas de sulcos.

As estrelas sumindo...

Eu vejo, eu sinto meu ser

Findar-se neste poema do qual

Negro se torna a cada palavras

Revelado deste sentimento.

Caio Martins

03/10/91

Caio Martins
Enviado por Caio Martins em 29/11/2012
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