MEUS QUATRO ANOS E O MAR

Aos quatro anos, eu defronte ao mar,
Gigante de espumas salgadas
Que resoluto vem a mim buscar
Avança, vai além e em retiradas

Balança-me o corpo sem me derrubar.
Investe mais - bordas esbranquiçadas-
Sem um pouquinho me atemorizar.
Porções da areia deixa escavadas.


O sal na boca me vem respingar
Cuspo o mal sabor e às gargalhadas
No verde-azul, lanchas e jangadas

A certa distância observo passar.
Trêmulas, balançam a se amedrontar.
Já o meu temor, eram águas passadas.



* Esta é a lembrança mais remota que tenho do mar. 

Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 04/12/2012
Reeditado em 05/12/2012
Código do texto: T4019620
Classificação de conteúdo: seguro