O Mar

Quando tu vais, levas contigo as minhas dores e mágoas

Permite que em teu corpo misture minhas lágrimas

Quando vens, trazes contigo algo que muito me acalma

E no teu vai -e -vem eu lavo a minha alma

Teu barulho é música que soa aos meus ouvidos

Penetra o meu EU sem nenhum alarido

Fecho os olhos e sinto seu cheiro inconfundível

Banho-me em tuas águas e sinto alívio

Embora bastasse apenas contemplar-te

Pois sei que de Deus és puramente arte

Sua imensidão esconde segredos que ninguém descobre

Ouves os apelos do rico e também do pobre

No entanto, se invadem teu espaço e te desafia

Cobras o que é teu da noite pro dia

São os teus mistérios que seduzem e fascinam

Que acolhem e recolhem que expulsam e eliminam.

Iranil J Azevedo
Enviado por Iranil J Azevedo em 29/12/2012
Reeditado em 29/12/2012
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