Nós derramarmos
Onde está tua vida porca?
Desde que foste por aquela porta
Me deixaste órfã
Sedenta por minha própria sorte
Vi minhas lágrimas secarem
Até a morte
Danço pela noite com teu espectro
Onde está minha vida?
Não sei ao certo
Teu hálito frio não mais está
Perto
Busco-te e não encontro
Ando nas madrugadas
Nos piores antros e viciada
Nesse...Teu não hálito...
Ausência tua!
Não percebes minhas lágrimas... Nuas
...Antevejo quente, minha alma tua...
esquinas, ruas, presa nessa lua...
que derrama nossos anseios,
Desejando ser tua
Sem apreço
Apenas pagar o preço
Do meu dolo
Deitar em teu colo
Te entregar meus seios
Flácidos
E não mais precisar de teus
Braços
Estar em teu corpo
inteira
Não negar-te de sobre maneira
De todas as formas
derramar-me
Eu e teu gosto...sorvo
Desde que fostes por aquela porta...
Vivendo em conjunto, um solo
Esse inferno que escorre, e beira...
Vem traste, amar-me inteira
Derramar-me em teus gozos
Até que não mais me queira
* Margô Antunes e Du Domeneghetti
07/03/07
Direitos reservados aos autores
* Margô Antunes é pseudônimo de Marcelo de Andrade