Alguém do Outro Lado

Alguém do outro lado me ensine

como então pintar outras cores

Talvez a queda em um precipício

Fosse menos indolor ao que sinto

Gritos ecoam no silêncio em mim

Quando foi que tornei-me

o meu próprio prisioneiro?

Anseio livrar-me destas correntes

Quero correr entre os campos

Colher lírios ao entardecer

Alguém do outro lado

Mostre-me como sorrir mesmo

quando a razão for ausente

Meu corpo sente o peso

de mil nuvens antes da chuva

Nestas ruas por onde ando

Árvores Pálidas e sem esperanças

do retorno da estação suntuosa.

Ph Vieira
Enviado por Ph Vieira em 02/01/2013
Reeditado em 23/03/2021
Código do texto: T4063147
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