Lembrar

Fixamente, encaro minhas mãos.

Onde estiveram marcas.

De onde fugiram lembranças.

Simplesmente suporto minhas mãos

Lembrando suas marcas

Cicatrizes que sumiram.

Minhas chances que se foram.

Resta me esta força

de dentro pra fora abrindo meu peito.

Deixando escapar sentimentos

que explodem ao meu redor.

Ferindo os que me cercam

Meu mundo destruindo

desfazendo meu caminho.

Prantos e preces sob a chuva

não trazem de volta a verdade.

Lembrar só quero lembrar

As batidas de dentro pra fora

As ternuras fechadas no pulso.

Achando me vazio por dentro

Destruo o futuro vazio.

viajo pra dentro do susto

de não encontrar lembranças.

E agora sentindo a batida.

E agora cerrando a esperança.

Da vida não mais dividida.

Entre os dedos e enrolada no pulso.

Onde estará minha vida?

Por onde andará a lembrança?

Reis de Oliveira
Enviado por Reis de Oliveira em 08/01/2013
Código do texto: T4073577
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