Lembrar
Fixamente, encaro minhas mãos.
Onde estiveram marcas.
De onde fugiram lembranças.
Simplesmente suporto minhas mãos
Lembrando suas marcas
Cicatrizes que sumiram.
Minhas chances que se foram.
Resta me esta força
de dentro pra fora abrindo meu peito.
Deixando escapar sentimentos
que explodem ao meu redor.
Ferindo os que me cercam
Meu mundo destruindo
desfazendo meu caminho.
Prantos e preces sob a chuva
não trazem de volta a verdade.
Lembrar só quero lembrar
As batidas de dentro pra fora
As ternuras fechadas no pulso.
Achando me vazio por dentro
Destruo o futuro vazio.
viajo pra dentro do susto
de não encontrar lembranças.
E agora sentindo a batida.
E agora cerrando a esperança.
Da vida não mais dividida.
Entre os dedos e enrolada no pulso.
Onde estará minha vida?
Por onde andará a lembrança?