Viver é remediar
Vejo em minhas pálidas mãos trêmulas
o sinal de medo da busca do desejável
persistente o tal ato apresenta-me a covardia
e agarro-me à ela, longe de minha agonia
No início desta estrada já tão percorrida
encontrar-se-á fixa a semente enriquecida
e as trilhas marcadas por rastros da fuga minha
refletirá meu erro ao temer um fruto embobrecido
no final deste longo caminho encontro o nada
que tranforma-se em nada a cada passo do tempo
que me espanca a face impiedosamente
que me faz desejar as pálidas mãos trêmulas