TÉDIO
Á Luciene de Souza.
A estação é longe,
Andei até agora apenas
Até o meio da metade do caminho.
Tento, desejo voltar,
Olho para trás, não vejo nada
É escuro, sombras imersas.
Por entre os dedos meus,
A vela é curta, apagando está.
Fico angustiado, triste.
Não sei se prossigo ou paro.
De repente lembro de um homem
Que andava em...
Ao redor de todos.
Nasce dentro de mim uma chama
Acendendo meus olhos como se
Fossem dois faróis.
Então prossigo chego à estação
Na minha mão à vela ainda
Insiste em permanecer acessa.
Pena que o trem já tenha partido,
Mas não desanimarei esperarei
Pelo próximo trem.
Mas, não tenho uma estação pra descer.
Caio Martins
01/03/90.