Doce poderio, doce ilusão

De Rafael Sad

Nascido da intrepidez,

nas cercanias do rio Reno.

Faltava-lhe sensatez,

Não temia o inverno ou relento.

Como manifestação de sua audácia,

Fez fenecer o dragão.

Após banhar-se em seu sangue,

Perspicaz se tornou sua visão.

Porém, como uma fornalha fulgida,

Que brami diante de uma cabaça d’água,

O frágil sobrepuja o robusto;

Poderio não vale nada.

Que bazófia não suba-lhe a mente,

Vulnerável tornar-se-ia.

Mesmo o atroz Siegfried,

Pereceu por uma folha de tília.