Primaveril Velhice

Tal qual a pétala a cair

A cada ano,

Se equivale uma beleza a menos

E uma outra beleza, a sobressair

Na dança do outono de outrora

Era ela menina

Desabrochando para a vida

No leve compasso da aurora

Porém, ao fim do então inverno,

Observa triste o espelho

Descontentamento derradeiro

Frente ao iminente término

Finda o viço da juventude

Dos ingênuos sonhos

Do brilho dos olhos

Da tão magnífica inquietude

No salão dos espelhos

Revoga, analisa, revisa,

Se reforma e retoma

Quer evitar repetir os erros

Bailarina dos tempos

Senhora da vida

Sabe da verdade

Enfim, a liberdade.

Fernanda Bess
Enviado por Fernanda Bess em 12/01/2013
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