Sou a desconfiança

Desconfio do que não me dá o direito

Maldo da mais pura inocência

De tal maneira é o meu desfecho

A buscar a mentira na verdade

Que espremo, toço em argumentos

E encontro a maldade

Sou a desconfiança

Viro tudo ao avesso

Levo loucura e desesperança

Buscando o erro a qualquer preço

Esse é meu oficio

Abominar a cegueira da perfeição

Atentar a olhares e gestos

Palavras em contradição

Levo a todos o desafeto

A vida em solidão

Marcos Rosa 05/01/07

Marcos Rosa
Enviado por Marcos Rosa em 10/03/2007
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