Sede de Versos

A boca ressecada inquieta-se com a ausência

Inspiração já não mais invade a alma descrente

As mãos se esfregam como quem busca no vazio

A sombra que despontou no inverno flamejantes centelhas

Açoita o corpo que dói pelo toque que não se sente

Olhos buscam no infinito um raio que minimize

É longa a espera...

Os versos se negam a juntar-se

Poemas se escondem inclementes

Sofro diante do nada!

E ele... ele não vem!

17/01/11

Elô Araújo
Enviado por Elô Araújo em 14/01/2013
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