À mercê do Eu
Estou onde meus dedos doem...
Onde meus dedos somem,
Na fagulha acesa do dia
Assombrando solitários sóis,
Que alumiam vagas manchas de saudade,
Impregnadas numa pele qualquer.
II
Meus amanhãs nunca morrem
Nesta soma comum de tantos nadas,
Em que se solidificam vertigens.
III
Quantos corpos, nesta noite,
Jogados ao relento das horas,
À mercê do Eu!