Pesadelo real

O quão vulgar é esse lugar

Mal frequentado, sujo, inapropriado

Carregado com energias infames

De infelicidade, fel, vexames...

Tão pífio que é,

Trás à tona o pior de meus lados;

A crueldade, a desfaçatez

O amargor, o peito dilacerado!

Com tudo de asqueroso

Desolador, baixo,

Deprimente, lamentoso -

Que representa tão fielmente!

De equiparado, apenas o ânimo!

Porque o reconhecimento,

O açúcar e o regalo,

Esses, caíram no esquecimento;

Corrupção ativa,

Luxúria, lascívia

Excessos de preguiça

De devassidão!

E quero ver-me livre

De tão insalubre ambiente

Posto que ali não me encaixo

Não faço parte de niente!

Faço força para me libertar

Mas há um fio que segura,

Que impede a vida de andar

Já beiro o desespero...

Desejo a luz,

Apartar-me desse vespeiro!

Fernanda Bess
Enviado por Fernanda Bess em 06/02/2013
Código do texto: T4125675
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