Angústia.

Sou um fingido,

É muito mais fácil interpretar em um palco

onde todos estão fingindo

é o teatral, o mágico pudor de ser o que sempre quis ser

um fingido

Mas, apesar disso, sou o único fingindo que carrega

em seu corpo uma nuvem negra

E dançam raios em meu interior como najas

assolador da manhã que se deita e não contra

minha chama, não és meu amante.

não vejo alguém tirando algo de mim, a não ser eu mesmo

controlo meu viver durante a manhã e noite, porém,

na madrugada meu corpo se torna minha própria

angústia de estar aqui

E mesmo eu sabendo que dias bons podem chegar

a qualquer momento, continuo analisando tudo em mínimos

detalhes:

A angústia, tanto física quanto sentimental,

faz meu corpo doer e se revirar na cama

Enquanto minha geladeira, vazia, sempre continuará vazia

E os olhares da plateia jamais irão parar de fixar-se em mim

Sou um tipo de alimento para eles. Definho a cada olhar.

O que será que acontece comigo?

Viver poderia ter sido minha maior deixa,

mas uma carta em uma manhã, sobre a cama

onde nós deitamos se tornou minha quase deixa

Mas tu faz de tudo para não deixar minha cortina

se fechar

Mas, mesmo assim, faço de meu tempo como

o último, uma droga que mantém vivo

Continuo me revirando, uma mágica ambulante

para tirar essa dor de mim.

Pumpkin
Enviado por Pumpkin em 07/02/2013
Código do texto: T4127275
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