SOFIA

Ah filosofia ardia!

Como podes queimar meu coração?

Entre o sim e o não

Tens mesmo, que tanto pensar?

A verdade onde estará?

Tá russo Renato

Não há.

Pensar nunca foi meu forte

Nunca quis um norte

Sempre amigo do delírio e dos loucos

Escrevi pouco, menos do que devia

Amei mais mulheres do que fui amado

Ao contrário poderia? Não.

Sou poeta coitado!

E pelo poema sou levado...

Pela poesia das saias

Dos vestidos estampados

Dos sorrisos ternos e largos.

Na bela fotografia.

Na voz que ouvi um dia

O texto elaborado.

O meu amor parece vago

Mas é fogo, é energia

E quem materializa a poesia

Merece o premio suado.

Dona filosofia... será que estou errado?

Tenho que ser questionado

Por ti a todo instante?

Num tom mais que elegante

Ela me bate na cara, como uma flor que falha

Machuca e tira meu sangue.

E o Poeta sem palavras

Cala aos seus pés pensante.

Loui Voltaire
Enviado por Loui Voltaire em 19/02/2013
Reeditado em 22/02/2013
Código do texto: T4148703
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