Calendário de vida

Sou semente do mês de novembro

Do ano de sessenta e três

Nasci às cinco horas me lembro

No dia vinte deste mês.

Mamãe disse que eu chorava bastante

Mas não precisou o motivo

Talvez pela poluição ofegante

Ou o holofote abusivo.

Enquanto eu estava morando

No belo ventre da mãe querida

Fui crescendo e alimentando

Com mamãe seguindo a vida.

Mas chegou a hora de nascer

E tive que deixar o ventre

Outro mundo foi conhecer

Mas confesso que a gente sente.

Nessa fase de criança

Ganha paparicos e presentes

Sinceramente não cansa

Mas tira o sossego da gente.

Tiravam do silêncio dois terços

Isso me deixava irritado

Sem saída dentro do berço

E chorar era o recado.

Mas cresci e fui à escola

Um ambiente limpo e seguro

Fiz amigos e joguei bola

Do lado de dentro do muro.

Foi lá que aprendi a viver

A forma gostosa de amar

Onde pude conhecer você

E ao meu coração te apresentar.

Foi mágico o que aconteceu

Pela primeira vez que tivemos contato

Teu corpo encostando-se ao meu

E rolaram alguns selinhos de fato.

Esse é meu calendário de vida

Que resumidamente contei

E sou grato à mamãe querida

Pelo homem que me formei.

Francisco Assis Silva é Bombeiro Militar

Email: assislike@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 22/02/2013
Código do texto: T4153376
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