CUIABANA

*Elias Alves Aranha

Imponente como a garça do Pantanal,

Pele macia como caju do planalto central,

Pele morena da cor da canela...

Cabelo negro e solto como a folha da palmeira,

Na lida cotidiana é sempre a primeira,

E todos os descendentes pautam nela.

Na prestação de serviço, no artesanato,

A modéstia é o comportamento nato,

Seja no lar ou na agricultura...

É cortez prestativa e hospitaleira,

Assim é a mulher pantaneira,

Simples, acolhedora e pura.

Nas primeiras horas do dia,

Entoa a sua voz com alegria,

De bem com a vida e bem humorada...

Ribeirinha do sotaque carregado,

Traquejada na lida de gado,

Não teme os desafios de nada.

Valoriza seus costumes e tradição,

A arte é produto da inspiração,

Na cultura sabe dar seu valor...

Começa sua tarefa muito cedo,

Na gastronomia aplica truque e segredo,

Prepara tudo com dedicação e amor.

Tem a pose do Colhereiro na margem,

A graça do tuiuiú na ramagem,

A elegância do temido Jaguar...

Sua alegria é como a algazarra da passarada,

No crepúsculo ensaiando a revoada,

O brilho de seus olhos é como noite de luar.

Na Baixada Cuiabana,

Cultivando manga, caju e banana,

Supera qualquer cidadão...

Humilde, educada e inteligente,

Diz boas-vindas a toda gente,

É expressiva na cultura e na religião.

Sua voz é firme e forte,

No gesto, na expressão, no porte,

Na convivência é um colosso...

Mulher idônea e de recato,

Completa em todo aparato,

Mulher natural de Mato Grosso.

Elias Aranha
Enviado por Elias Aranha em 20/03/2013
Reeditado em 27/04/2015
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