CUIABANA
*Elias Alves Aranha
Imponente como a garça do Pantanal,
Pele macia como caju do planalto central,
Pele morena da cor da canela...
Cabelo negro e solto como a folha da palmeira,
Na lida cotidiana é sempre a primeira,
E todos os descendentes pautam nela.
Na prestação de serviço, no artesanato,
A modéstia é o comportamento nato,
Seja no lar ou na agricultura...
É cortez prestativa e hospitaleira,
Assim é a mulher pantaneira,
Simples, acolhedora e pura.
Nas primeiras horas do dia,
Entoa a sua voz com alegria,
De bem com a vida e bem humorada...
Ribeirinha do sotaque carregado,
Traquejada na lida de gado,
Não teme os desafios de nada.
Valoriza seus costumes e tradição,
A arte é produto da inspiração,
Na cultura sabe dar seu valor...
Começa sua tarefa muito cedo,
Na gastronomia aplica truque e segredo,
Prepara tudo com dedicação e amor.
Tem a pose do Colhereiro na margem,
A graça do tuiuiú na ramagem,
A elegância do temido Jaguar...
Sua alegria é como a algazarra da passarada,
No crepúsculo ensaiando a revoada,
O brilho de seus olhos é como noite de luar.
Na Baixada Cuiabana,
Cultivando manga, caju e banana,
Supera qualquer cidadão...
Humilde, educada e inteligente,
Diz boas-vindas a toda gente,
É expressiva na cultura e na religião.
Sua voz é firme e forte,
No gesto, na expressão, no porte,
Na convivência é um colosso...
Mulher idônea e de recato,
Completa em todo aparato,
Mulher natural de Mato Grosso.