Poema molhado
a chuva nos deixa nus
desnuda, tenta se enconder
entre nuvens, trovões, raios chapados,
coriscos nevoados
[em vão]
agulhas escarlates,
em gotas
molham,
umedecem,
lavam quem tem alma
[e coração]
limpam,
deixam arado o terreno deveras plantado,
rabiscado, mexido,
chacoalhado,
infértil, abusado.
paixão continua e grita:
tarado!
e
se o novelo esmero cessou,
foi escovado a vácuo,
se a tempestade se foi com poderes mutantes...
Ave Fênix!
Pó (de diamante!)
Aurora boreal, dopamina errante.
Ah, Gessinger, à deriva novamente naus,
jogo sem nexo, Cruel Teresina sem bom sexo...
Efeito borboleta.
Teoria do caos!