DILMA: A MEGERA DO NORDESTE

A cochonilha dá cabo do palmal,

Ao algodoal devora o bicudo,

As secas matam o roçado e o animal,

O rurícola nordestino perde tudo!

Vidas Secas, Asa Branca, O Quinze, enfim.

Cada casa, um canto de Triste Partida.

No Quadrilátero do Inferno é assim:

Um quadro dantesco de vida sumida!

Causas e efeitos, delas tudo se sabe.

Elas se regem por leis da natureza.

Peitá-las, combatê-las, isso não cabe.

Conviver com elas, com toda certeza,

É a sábia atitude. Tirar delas proveito,

Assim, sem acritude, é o único jeito.

A boa insolação (mais fotossíntese),

E o suprimento controlável d’água,

Evita-se a praga, implica mais safras,

Mais produtividade, mais produção.

Pra conviver bem com as secas, em síntese,

Sem trauma e sem mágoa, eis a solução!

O que não se pode: Criar como nos pampas

E plantar como em climas temperados.

Pra isso, é mister obras estruturantes:

Barragens subterrâneas, rios perenizados,

Poços profundos visando à irrigação.

Basta ver como é feito na Turquia,

Em Israel ou mesmo no Antigo Egito.

Enquanto a solução não se avia,

Se impõe ações emergenciais, com razão.

Na Dilmocracia , porém, nem no grito

Nem com pedidos clamorosos se age.

Ingrata! Da Megera nada mais se espera:

Parou a transposição do Velho Chico,

Mas as obras da Copa estão a mil!

O gado da região sumiu. Pobre nem rico

Já não há: Só há famintos no Polígono.

O Nordeste foi quem elegeu Dilma.

Dilma foi quem matou o Nordeste.

Talvez com 10% do que vai se gastar

Na Copa, todo o gado pudesse se salvar.

O Bolsa-família precisava ser ampliado.

Ser socorrido com rações, o gado,

Nada disso foi feito. E é muito tarde.

O sol arde arde.... Já não tem jeito!

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 30/03/2013
Reeditado em 30/04/2013
Código do texto: T4215682
Classificação de conteúdo: seguro