ELA ESTAVA DE CINZA
Não consigo viver multi-coisas
Há tempos quero um aquário
Mas não tenho tempo de cuidar dos peixes
Viciamos em rotinas cíclicas
Acabo sendo obediente
Aos estados de cada fase da vida
Ainda bem que ela cuida de mim
Tenho os subsídios que me permitem
Parar nesse momento
Flertar a moça em meio as prateleiras
Degustar um poema de João Cabral de Melo Neto
E dar um nó no relógio inquieto.
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Extraído do livro: PALAVRAS EM ÓRBITA, disponível para download na seção e-livros.