Eternos estranhos

Achei esta poesia que escrevi em 06/09/2004 nos meus guardados.

Quando tudo ainda é começo

Nenhum de nós sabemos de nada:

Se estamos nos dando de graça

Ou se estamos pagando um preço.

Ideias formadas já sem efeitos

Retomam seus novos traços.

Os mesmos nós sem laços.

Os mesmos novos defeitos.

Redescobre-se a lua

Palavras, perfumes e flores

Intenções, gestos , amores

Num palco frio da rua.

As gargalhadas nas inverdades

No "ainda é cedo" que se esvai

Que em tão pouco tempo se trai

Em dois começos. Em duas metades.

E então o amanhã..o amanhã...o amanhã

Revira e volta ao ponto de partida

Não partindo em nada, só a vida

Numa outra nova filosofia: a vã.