A seca

A seca devora a alma

Os animais padecem ao léu

O céu azul, nuvens não há

Deus,onde estás?

Deus,onde estás?

É quase escravidão

O sertão se torna navio negreiro

A seca devora a alma

O governo é um estradeiro.

A triste partida retorna

Em pleno século XXI

A seca devorando a vida

Natureza lamenta e chora

O Bolsa-família forra o estômago

O mensalão estoura.

Lá se foi nossa esperança

Na integridade política

Que seria de nós?

Sem a cobertura da mídia.

Aqui dependemos da terra

A terra depende da água

A seca vem e nos devora

O resto é ilusão.

Sem solidariedade humana

Política é enganação.

A terra está torrada

A criação morre

O sol escaldante

Clamamos por Deus

O homem sensível

Vive a chorar.

O Bolsa-família

Alivia a fome

Mas como ter dignidade

Sem produzir o que se consome?

Ana Verena Souza Viana
Enviado por Suzana Duraes em 07/04/2013
Código do texto: T4228612
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