(DES)ENTERRO

Toda vez que te mato

É o melhor de mim

Que enterro

E o que me sobra

É a sombra do que não quero

Mais tarde,

Quando arrependida de saudade

Te resgato

Do meu cemitério secreto

Onde jazem a razão e o bom senso

Já me sinto nova

Salva dessa cova

Pelas mãos da tua poesia

Que tanto serve de lenço

Aos meus versos ingratos.