a nau que se foi

Nau sob os ditames das ondas

é isso que sou e é pra onde vou

não escute os meus berros

são apenas sussurros de alguém perdido em alto mar

Não vá pra onde vou,

as ondas que clamam por mim, nem imploram a ti

vou porque quero. Vou porque vou!

Não me sigas, não queira me entender, apenas sigo.

Se escutam sons

corra se são meus!

vibre se foram só ondas

chore se for tempestade... mas esqueça as memórias

memórias que o oceano reza são vestes negras que padecem

acredite em mim... fúrias são apenas fúrias e nunca avisos!

Entenda se puder, fique se quiser

Mas se quiseres opinião, apenas fuja!

Mares existem vários, embora seja um só

Males que se conotam em ondas são males que na onda se vão

Ondas são milhares de bilhares,

Embora a explicação de existirem seja uma só

Eu não sei explicar

pode ser medo, pode ser coragem demais

pode ser adeus, pode ser volte mais tarde,

pode ser que nem seja, pode ser até certeza

pode ser que viva, ou quem sabe se padeça?

Pode ser dúvidas ou quem sabe ser o que não é

pode ser vida perdida, morte encontrada

medo de sonhos, pesadelos vividos

pode ser qualquer coisa, só não pode ser o que se apresenta!

Não vai por onde queira ir,

preso pelo teu bem, embora eu soubesse que quisesse ir além

Desculpe-me as manchas deixadas

foram deixadas tão cedo pois não quis que fossem erradas!

Esse sou eu, e fui quem eu fui!

Não foi pesadelo, foi sonho que durou por pouco tempo...

Que se acorda em vestes estranhas e se esquece que um dia dormiste

Sou navio? Barco? Sou lembranças

lembranças estranhas que um dia imaginaste fazer algum sentido!

Vago por onde nem sei, mas pelo teu mar agora estou distante.

Fron Monseus
Enviado por Fron Monseus em 13/04/2013
Reeditado em 16/06/2014
Código do texto: T4239308
Classificação de conteúdo: seguro