Serpentina
Serpentina bailando ao sabor do vento
Escolhi uma cor que parecia me vestir bem
Em meu corpo flexível, a diversão ocupa lugar
Se a brisa toca. Apenas toca.
E mesmo tão de levinho
Empurra tudo o que tenho
Tudo o que sou
pra qualquer lugar
O sorriso maior do mundo
comemora esta liberdade
Incansável viajante
Não posso
Não quero mais interrupções
Sobre a linda canção que este sopro produz
Quero o direito de me conduzir
De fitar o horizonte
com olhos ainda curiosos
ainda cheios de amor
magnetizada pelo que é luz
Estou até me sentindo alguém
Mais do que só um momento
Muito mais do que um grão
Já me vendo um punhado
Meu próprio rebento
Meu próprio chão.