QUANDO CONTEMPLO TRILHOS...

Caminho sobre os dormentes dos trilhos...

A emoção vagueia... o olhar se perde...

O pensamento vai longe... além do horizonte

Silêncio absoluto... um vazio absurdo...

Passos lentos... O azul do céu é perfeito

Ouço pulsar o coração no peito. Vou pra onde?

Sinto o feitiço deste lugar

Que me envolve e me faz sonhar...

O revoar de pássaros... os trilhos...

Dois braços estendidos rumo ao desconhecido

Os trilhos... vão me abrindo seus braços sorrindo

Os trilhos do trem...

Os trilhos... eu também...

Duas linhas paralelas em mim

Razão e coração...

É sobre elas que vou seguir

Seguir em frente, buscando novos horizontes

Sentindo novas emoções, vivenciando novas sensações

Deixando para trás cidades desabitadas... vazias...

Hoje apenas espectros da mediocridade, da hipocrisia

Sigo em frente, pisando em dormentes

Que prendem os trilhos da minha vida.

E os trilhos do trem?

Caminhando sobre eles me instruíram...

E quando contemplo seus trilhos

Tudo ao meu redor, fica muito mais bonito!

Quando contemplo trilhos... ... ...

Poesia inspirada em um comentário do Poeta José em "Só... Na Estação de Trem" a quem agradeço profundamente o carinho.

sidneya_rossi@hotmail.com.br

SIDNEYA ROSSI
Enviado por SIDNEYA ROSSI em 28/04/2013
Reeditado em 26/11/2014
Código do texto: T4264363
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