QUANDO CONTEMPLO TRILHOS...
Caminho sobre os dormentes dos trilhos...
A emoção vagueia... o olhar se perde...
O pensamento vai longe... além do horizonte
Silêncio absoluto... um vazio absurdo...
Passos lentos... O azul do céu é perfeito
Ouço pulsar o coração no peito. Vou pra onde?
Sinto o feitiço deste lugar
Que me envolve e me faz sonhar...
O revoar de pássaros... os trilhos...
Dois braços estendidos rumo ao desconhecido
Os trilhos... vão me abrindo seus braços sorrindo
Os trilhos do trem...
Os trilhos... eu também...
Duas linhas paralelas em mim
Razão e coração...
É sobre elas que vou seguir
Seguir em frente, buscando novos horizontes
Sentindo novas emoções, vivenciando novas sensações
Deixando para trás cidades desabitadas... vazias...
Hoje apenas espectros da mediocridade, da hipocrisia
Sigo em frente, pisando em dormentes
Que prendem os trilhos da minha vida.
E os trilhos do trem?
Caminhando sobre eles me instruíram...
E quando contemplo seus trilhos
Tudo ao meu redor, fica muito mais bonito!
Quando contemplo trilhos... ... ...
Poesia inspirada em um comentário do Poeta José em "Só... Na Estação de Trem" a quem agradeço profundamente o carinho.
sidneya_rossi@hotmail.com.br