(Sertão de corpo e alma)

trago nos lábios

a vida que sangra

em música e revolta

(vozes secas, tristes lamentos).

trago calos nas mãos

dos embates da lida.

num peito combalido

trago a fé e a devoção

e como louco varrido

trago poemas da saga

desta gente magra

deste povo sofrido

sertanejo, meu irmão.

no corpo a dor e o sofrimento

na alma o sol do sertão.

José Carlos de Souza
Enviado por José Carlos de Souza em 15/05/2013
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