LIBERDADE À POÉTICA

"Não quero saber do lirismo que não é libertação."

(Manuel Bandeira)

Liberdade!

Liberdade para o livre pensamento!

Chega de jurisprudência sintática.

Liberdade para o lirismo!

"Estou farto do lirismo comedido..."

Como Bandeira, levanto a bandeira da liberdade poética.

Chega dos metros de regras, dos centímetros silábicos, dos milímetros de liberdade para criar.

Abaixo às medidas e as rimas pré-elaboradas para agradar aos ditadores da língua.

Soltem os versos!

Libertem os versos desse universo literário adstrito aos arcaísmos cosmopolitas, às sintaxes de pensamentos.

Liberdade aos ingramáticos!

Não quero mais saber do lirismo que aprisiona,

dos grilhões protocolares,

das correntes do pretérito,

da alienação literária.

Liberdade! Liberdade!

Eu sou o que sou, o que faço é meu.

Eu quero meu lirismo desvairado, solto e liberto nos livros. Desordenado, informal, mas totalmente racional.

Chega de regras e normas gramáticais impostas por prisioneiros dessas mesmas regras.

Sou um poeta fora-da-lei

por ser totalmente liberto em meu lirismo.

Igor José
Enviado por Igor José em 29/03/2007
Código do texto: T429981