eu sem plural, mesmo me dando nós...

deixo escapar o ar

até no meu silêncio

é a vida que não quer parar

a todo momento insiste

em não se calar

o único impulso (descompassado)

que me cedo(ou tarde)

é desse coração

que em mim percute: viva!

e como fosse a flor

soprada pelo vento

perdesse uma ou duas pétalas

e talvez, algumas boas sementes...

vai, semeia!

quem sabe, o jardineiro é bom, cuidadoso,

e lhe dê algum amor...

mesmo se for desavisado dos sentidos...

como o ar que invade, e que até me sai

...sem fazer alarde

Rose Rocha
Enviado por Rose Rocha em 24/05/2013
Código do texto: T4306317
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