Minhas armas, minhas lutas

Sinto frio, vãos, medos;

inimigos nunca antes encontrados,

mas me deram armas de brinquedo,

e por eles, quase sempre, sou devorado.

Meu coração grita, infame, aos quatro ventos:

Onde foi que me perdi nesta jornada?

Pela boca, o amor me sai do peito...

E chora e sofre a dor da amada.

Já não sou mais aquele velho tolo amante

e com minhas armas farei jus às minhas dores.

A esses gritos serei forte, incessante;

e prometo a mim nunca mais morrer de amores.

Ah, pobre esperança que resta em minha vileza,

sou um guerreiro calado, tal como Virgílio,

que se viu como um ser vil que serviu à tristeza.

Convido-te à morte, nosso eterno idílio.

um poeta da noite
Enviado por um poeta da noite em 07/06/2013
Reeditado em 12/07/2020
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