NO MEU SILÊNCIO

Costumo estar no silêncio,

onde não sou visto nem ouvido,

costumo estar assim.

Silenciando-me,

como se o ar não respirasse o espaço curto que me ocupa,

onde não tem movimento,

simples opaco sem tacto..

Costumo falar para mim,

com muitas vozes em uníssono

como se uma porta fechada respirasse preocupação,

como se o nada fosse um irmão,

como se a primavera estivesse vazia,

sem cor...

Até que uma brecha solte uma voz e ordene;

-Fala a razão!

Nuno Vidal Godinho

4-6-2013