A jia

A jia age

Como se nada houvesse!

E há?

O a é simplesmente letra perdida

Entre consoantes distraídas

E existe apenas, por encontrar uma letra muda

Que silencia para outro falar

Tudo muda, quando desapercebidamente alguém vê o que rege

E esse, quem quer que seja

Quer que você esteja, veja... na peleja

O mundo imundo no fundo é...

Apenas é... Ou pode ser...

Sem se confundir com o eu, ou eus...

O elo que os une é frágil

Com o brio único

De um rio que não se lamenta

Brinca com as letras que se unem e agem, regando a vida

Por um fio de chuva linda

Palavras, meras palavras... de uma jia distraída

Que, num instante supremo coaxa na lagoa...

Á toa... voa e entoa seu canto para a madrugada...

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 11/06/2013
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