Nas horas que se passam
Eu ouço o som sair pela janela escura.
Estou presa nos meus pensamentos.
O relógio marca a cadência do meu olhar.
Sou mais um perdido no que penso.
Os sorrisos lá fora não me respondem.
Os passos ao lado não são meus.
O barulho da noite corroe o momento.
O silêncio das horas acalma o meu chão.
Quebra as correntes diz o meu corpo.
-Fique ai:-Responde o meu olhar.
Não existem minudências que não fossem notadas.
Não é pacífico o meu coração.
A certeza do nada a sussurar.
A luta contínua em meu peito.
Guerreando,fico eu na escuridão.
As paredes são fios de alta tenção.
Não consigo sair daqui.
Foi traçado o novo jogo da solidão.