Mosaico sem fim

Vamos brincar de roda

De pique-pega e de cabra-cega

A lua cheia no clarão da noite

Tem brincadeira de ser feliz

E agora que foi embora

O menino da rua torta

Não passa mais sonho na ventania

O beco estreito na minha viela

Já não tem canto para se esconder.

Cadê as crianças da Vila Nova

A pinguela dos Três Cacetes

Onde foram parar os trilhos daquela estrada

Que não davam a lugar algum?

Hoje caminho por entre os sonhos

Que construí naquela história

Onde eu tinha as asas de infância

E pernas para toda a vida

E sou assim meio que do jeito de ser feliz

Com um pedaço de cada tempo

Feito um mosaico sem fim

Criando um mundo encantado

Que mora dentro de mim.

Campos, 24jun13