Predicado sinestésico

aquele era um azul

no imenso luar dos teus olhos cor verde

que difundiam as núpcias

o emaranhado dos teus cabelos

e teciam uma bota só.

o latifúndio dos teus papéis

e a desgraça das princesas

é que a denunciavam no tom de oceano

condenando o giro

que percebeu que de divino,

divino mesmo era se pintar.

não só o revibre da dança,

não só na terra sem esperança,

mas no circuito do feito,

que de feito mesmo, nem ele está.

Porque nem de pão o viverá o homem

mas de toda abstração que se procede entre os céus e a Terra.

Alexandre Bonilha
Enviado por Alexandre Bonilha em 02/07/2013
Reeditado em 02/07/2013
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