Vovó!!!
Vó,
Ao vê-la,
Sinto-me Inerme, Inútil
Por ver o tempo levá-la
Vendo-a desvanecer,
Num desvario, Vocifero:
"- É visível a vossa dor...
Pois saiba:
Mais dor há em mim!"
Penso:
A mulher que regou a terra
Será regada por ela.
Nessa simbiose
Transparece a força de um tempo irrefragável!
Repare, Vó,
Antes de partires,
quão prolífera foste!
Guarde meu sorriso para tua herança celestial
Já vejo a áurea
A festa angelical
Os brados e fogos
Dissipa-se a dor
Transforma-se em amor...
Embevecida, a vejo mais próxima das estrelas que eu!
Neste excelso esplendor,
Despeço-me com elevada estima!