Inventáruio dos Sonhos
INVENTÁRIO DOS SONHOS
Fiz inventário dos meus sonhos
Não houve nenhum espólio
Todos meus bens dissiparam-se
Na tela da imaginação
Freei bruscamente meu carro
Bem na curva das elucubrações
O freio não obedeceu e eu deslizo
Precipito-me num abismo profundo
Foi inevitável a mote
Dos meus sonhos coloridos
Escorreguei na sala da realidade
Mas não caí no chão
Segui meu desfile em frente
Trilhando caminhos autênticos
Cortando atalhos insípidos
Desviando de vereda inodoras
Mas alcancei o elevado viaduto
Que me leva a viver a vida real.
“Quando eu morrer, quero vestir a mortalha da ilusão e ressuscitar dentro do teu coração”.