Sem Nome...

Teclas que teclo

pranto e alegrias, sinto

quando as toco

Teclas que me desesperam

Acorrentam-me a lembranças

cercam-me de esperanças

dignas, indignas, banais

Mais nem tudo, tanto faz

Teclas que choram

enquanto também choro

Teclas que se alegram

enquando mostram que me supero

Teclas ativas...

Com elas crio vidas

Ponho-me longe de vinganças

Crio mundos e esperanças

Brinquedo que adoro

letras, palavras, imaginação

Sutilezas incompreensíveis

Incompreendidos são modos

Repaginar paginas e novamente paginar

Inicio meio e fim, fim...

e meio e vida e morte

Vida... vida...

Morte, nebuloso destino

Começo, começa... delato, relato

Renego o descaso

Perpetuo em seu coração

o gosto nobre da minha ilusão

Confusões, destratos

Estragos estranhos, abstratos

Nas entranhas do simples compasso

Atenho-me a todos fatos

Teclas que me tocam

Que me repreendem

Que me afetam

Aí transponho o meu universo

Procuro colocar em tudo meu simples

mais sentido e puro verso

Não espero o inverso

Nem admito que ninguém me limite

Nem espero que alguém se habilite

e queira me enganar

Senão serei a dor constante nesse coração

por saber que ainda existe uma pessoa

que não entende que um ser

É pura emoção...

** Gostaria de receber sugestão de Nome: para este Texto...

Orlando Miranda
Enviado por Orlando Miranda em 20/08/2005
Reeditado em 20/08/2005
Código do texto: T43975