FETO DESAFETO

Hoje lá do outro lado, a realidade é outra

Nasceu o bebê real, que realidade louca

A realeza é bem vinda afinal não é culpada

O sangue azul continua nua crua e venerada

Más cá para estes lados, nasceu um pobre coitado

Descartado na caçamba por moscas foi devorado

A mãe nem viu sua cara pela droga desta vida

E por droga corrompida fez do pobre um abortado

O feto tão desafeto, porque foi tão afetado?

Quem pode ser responsável por tanta disparidade?

Uns nascem na Etiópia, outros vem na majestade

Quem vai pro berço de ouro, ou pro lixo da cidade.

Idal Coutinho

IDAL COUTINHO
Enviado por IDAL COUTINHO em 25/07/2013
Código do texto: T4404360
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.