Noite Mágica
NOITE MÁGICA
A noite caiu
E a lua não estava presente
Para socorrê-la,
Foi um desastre medonho,
Não havia estrela presente.
A noite caiu
E quem se machucou fui eu,
Apesar de sua bocarra,
Não deu nenhum grito,
Um gemido sequer não se ouviu
(como o bom carneiro)
A noite caiu de pé
E quem estava no chão era eu;
Quando me levantei, cambaleando,
Deparei com uma frenética
Constelação momesca
Que me reanimou da convalescência.
A noite passava
E continuei sentado
Na varanda da distração,
Veio um vento franzino
E subornou minha porta
Varrendo-me o rosto,
Pela fresta do balancim se ouvia
Cânticos de grilo e latidos de cães.
Pelo vítreo da janela olhei para o céu
E troquei meu tédio
Por raios e luzes feral.
“Gargalham nas minhas veias, gotas humorísticas de sangue”.