GRITOS DE DESABAFOS

Feridas que você insiste em abrir

Que você não permite sumir

Quem lhe deu permissão

Para tocar em mim

Não fui eu que errei

Porque insiste em me punir

Meu não, significa não

E para você jamais será sim

Sinto repulsão pelo seu corpo

Suas mãos me dão nojo

Sua autoridade foi contestada

Seu ego de macho ferido

Não me tens mais

E jamais terás

Isso é tão difícil de aceitar?

Jogaste-me fora

Não tente recuperar-me agora

As marcas da sua violência

Estão dentro e fora de mim

Olhar para elas só me lembra

O quanto me enganei

Que prazer é esse o seu

De despertar sentimentos tão ruins

Podes me dominar com sua força

Mas sou livre mesmo assim

Tanto tempo perdido

Com alguém incapaz de reconhecer

O quanto me magoou

E como sou feliz sem você

Sua força não me intimida

Eu não tenho medo

As marcas físicas

Essas vão sumir

Oprimido e opressor

Coisas que sempre vão existir

O que interessa é saber

Que papeis cada um vai assumir

És mais forte fisicamente

Isso não posso negar

Mas não se atreva

A me tocar

Tua sorte é o inocente

Que não podes decepcionar

Mas tolerância tem limite

E a minha está perto de acabar

Te tirei da minha vida

Nela você não tem mais um lugar

Não podes mais me subjugar

Teus prazeres animalescos

Não serei eu a saciar

Alíria Branca
Enviado por Alíria Branca em 08/04/2007
Código do texto: T441508