GRITOS DE DESABAFOS
Feridas que você insiste em abrir
Que você não permite sumir
Quem lhe deu permissão
Para tocar em mim
Não fui eu que errei
Porque insiste em me punir
Meu não, significa não
E para você jamais será sim
Sinto repulsão pelo seu corpo
Suas mãos me dão nojo
Sua autoridade foi contestada
Seu ego de macho ferido
Não me tens mais
E jamais terás
Isso é tão difícil de aceitar?
Jogaste-me fora
Não tente recuperar-me agora
As marcas da sua violência
Estão dentro e fora de mim
Olhar para elas só me lembra
O quanto me enganei
Que prazer é esse o seu
De despertar sentimentos tão ruins
Podes me dominar com sua força
Mas sou livre mesmo assim
Tanto tempo perdido
Com alguém incapaz de reconhecer
O quanto me magoou
E como sou feliz sem você
Sua força não me intimida
Eu não tenho medo
As marcas físicas
Essas vão sumir
Oprimido e opressor
Coisas que sempre vão existir
O que interessa é saber
Que papeis cada um vai assumir
És mais forte fisicamente
Isso não posso negar
Mas não se atreva
A me tocar
Tua sorte é o inocente
Que não podes decepcionar
Mas tolerância tem limite
E a minha está perto de acabar
Te tirei da minha vida
Nela você não tem mais um lugar
Não podes mais me subjugar
Teus prazeres animalescos
Não serei eu a saciar