No fim da hipnose

Eu sei o que tenho dentro de mim

E o quanto ele absorve quando me tenta.

Me faz sentir que tudo está no fim

Tudo o que me alimenta

Tudo o que me sustenta.

Vejo coisas insanas

E às vezes enxergo por onde ando.

Mas o vento traiçoeiro me sopra coisas levianas

Desvia meus olhos para quem estou pensando.

Já pensei se você me sente

E pára para eu te olhar.

No meio da multidão, para mim sem gente,

O sol que me cega te faz brilhar!

O sol de que me escondo te faz esquentar!

Eu sinto mais calor,menos em meus olhos

Mais no fundo acolhedor do meu pensamento.

Volta o vento e sopra os relógios

E tudo volta a ser tão lento.

Já não há visão que suporte

Olhar a mesma figura.

Se não o cansaço talvez a loucura

Um dia dará nos meus olhos um corte!

Isabela Braz
Enviado por Isabela Braz em 08/04/2007
Reeditado em 21/04/2008
Código do texto: T442070
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