O povo dessa cidade
Quer alimentação genial,
Dentro da especialidade
Da cozinha espacial.
 
Pela manhã nós queremos
Refeição bem reforçada,
Meteoritos cozidos
Com neblina amassada.
 
De satélites, as torradinhas,
Panquequinhas gasosas,
Biscoitinhos de nevasca
Com suco de nuvem rósea.
 
No almoço queremos o Sol
Na moqueca de planetas,
Frigideira  do arrebol
Com rabada de cometa.
 
Nuvens brancas desfiadas,
Na tempestade bem crua,
Uma brisinha assada
Com rodelinhas da lua.
 
Arco-íris em fatias
Servido após almoçar
Possui poucas calorias,
Não faz ninguém engordar.
 
O lanche pode ser pequeno,
U sorvete de planetóides,
Com cobertura de sereno
E creme de asteróides.
 
Desejamos um jantar bem variado
Com cardápio atraente,
Um pampeiro ensopado
Num tempero efervescente.
 
Bife de chuva, mal passado,
Estrela s à milanesa,
Furacão acebolado
É um sucesso na mesa.
 
Do relâmpago, os salgadinhos
Num chope de vendaval,
Granizos torradinhos
É o tirara gosto ideal.
 
Salada de constelação
E sopa de Lua Nova
Completam bem a refeição
Sem digestão perigosa.
 
Torta da Lua Cheia
Com  recheio de nebulosa
Servida após a ceia
É sobremesa gostosa.
 
Eis as nossas aspirações
Presentes aqui nesses versos
Aguardamos soluções
Que nos venham do Universo.
 
 
Amábilis Rodrigues
Enviado por Amábilis Rodrigues em 15/08/2013
Código do texto: T4435743
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