Solitário

Solitário
cavalgo sem destino
Atravesso o tempo perdido
por montes e vales

Sinto-me a cavalgar
por entre as nuvens
como farrapos de neve
com o pensamento vazio

Borbulham ondas
na segurança perene
atravessei o nevoeiro
por terras desconhecidas

A solidão ecoava
nos meus ouvidos
como surdez vivencial
na cor pálida e solidária

Entrei no palácio do silêncio
Estava cheio de nada
nem o bater da chuva
se fazia ouvir

De repente o chorar
de uma criança
atravessou meus tímpanos
A fome grassava naquele corpo

Minhas lágrimas percorreram
meu corpo trepidante de raiva
dei-lhe comida
e a solidão desapareceu

Os dois solidários
percorremos caminhos
da fantasia e alegria
com o cantar do rouxinol.



pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 09/04/2007
Reeditado em 20/02/2010
Código do texto: T443646