Inspirado em "Como vela morrendo"
de: DalvaLucia


Cinzas mortas

Te grito
Te chamo
Sussurro
Te amo.

A porta aberta, estou atrás da porta
Como quem entorta e queima gravetos
E eles viram cinzas mortas...

Converso com paredes
Engulo a sede das palavras
Que ouvem meus gemidos.

Pelo teto de vidro
Não entra fresta de luz
Apaguei o Sol
Com lágrimas saídas dos lençóis...

Não quebro nada na casa
Aquele vaso poderia estar estilhaçado
Minhas mãos perderam asas
Meu coração partido, quase morto
Não sepulta sentimentos...

Incendeio à maldade por dentro
Queima na fogueira, no centro
A chama viva da saudade...
E arde, queimando o peito
Onde te guardo, além do leito.

A crueldade me matou tantas vezes
Que as vezes penso que estou morto!
Não sou eu refletido no espelho
Morri chorando de joelhos,
Suplicando
Afeto
Carinho
Ninho
Notícias
Endereço...

Olhando os abismos
Abissais
Ondas vens e vais
E não sais
Da beira d'alma do meu cais.

Tony Bahi@.


¨¨¨¨¨¨¨¨Interação & Sintonia¨¨¨¨¨¨¨¨¨


E novamente no palco
Entre purpurina e talco
Tentando me absorver
Dessa cruz e do pecado
De um dia ter amado
Para em seguida perder
Rasguei minha fantasia
Encerrei a cantoria
Nem brasa quero acender
Quero apagar da mente
A dor que o peito sente
Vazio assim viver
Vou caminhando na chuva
Pés desçalços e sem luva
Mesmo frio a tremer
Vou seguindo a caminhada
Somente com o pó da estrada
Sem medo de te perder
Depois quem sabe um dia
Encontro na romaria
Mil contos para tecer
E assim nessa hora
Ponho a amargura para fora
E alma novamente a aprender
E depois dessa dura prova
Ressurge uma alma nova
Pronta para acender.

Regina Madeira.

Grato, querida preta-pretinha ...Pela linda inspiração,
carinho...tony.
Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 18/08/2013
Reeditado em 18/08/2013
Código do texto: T4440189
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